Técnico Fernando Diniz é demitido do São Paulo. São Paulo anuncia desligamento do treinador na tarde desta segunda-feira. Em desacordo, Raí abandona o cargo de diretor de futebol.
Fim da linha para Fernando Diniz. Após mais uma derrota, desta vez para o Atlético-GO, o
treinador não resistiu à pressão pelos maus resultados e foi desligado do comando do clube. O
Tricolor não vence há sete jogos, seis deles pelo Campeonato Brasileiro. Em desacordo com a
decisão do presidente Julio Casares, Raí antecipou sua saída, inicialmente marcada para o
término do campeonato, e deixou o cargo de diretor-executivo de futebol. Quem estará à
frente do comando técnico da equipe na reta final do Brasileirão será o auxiliar Marcos Vizolli.
Pelo São Paulo, Diniz comandou, ao todo, 74 jogos.
Foram 34 vitórias, 20 empates e 20 derrotas, 54,9% de aproveitamento. O retrospecto ruim ainda contou com a eliminação para o Mirassol, no Campeonato Paulista, eliminação na fase de grupos da Libertadores e eliminação para o Lanús, em casa, na Copa Sul-Americana. O clube ainda disputou a semifinal da Copa do
Brasil, mas caiu para o Grêmio sem marcar sequer um gol nos dois confrontos. Desde então, a
equipe soma 3 empates e 3 derrotas, com 14 gols sofridos e apenas 6 marcados, não tendo
vencido ainda em 2021.
Técnico Fernando Diniz é demitido
A pressão era grande pela demissão, mas Raí e Muricy, recém-contratado como gerente de
futebol, seguravam o treinador no cargo. Mesmo após a goleada sofrida para o Internacional,
em pleno Morumbi, por 5×1, Raí bancou a permanência do técnico até o final do campeonato.
A onda de protestos aumentava, e os resultados continuavam ausentes. A equipe não
apresentava melhoras em campo, e Diniz era constantemente cobrado pelas escolhas nas
substituições e, principalmente, pela atitude perante os jogadores.
Diniz chama Tchê-tchê de mascaradinho
O famoso episódio com Tchê-tchê, onde o treinador chama o meia de “ingrato” e “mascaradinho”, teve repercussão nacional e pegou mal no elenco. Além disso, a posição de intocável de Daniel Alves e as saídas
de bola arriscadas na grande área eram pontos que geravam revolta entre os torcedores.
Principal defensor da permanência de Diniz, Raí abandonou o cargo assim que soube da saída
do treinador. O ídolo são-paulino, que chegou ao clube ainda na gestão anterior, de Carlos
Augusto de Barros e Silva, o Leco, tinha a missão de mudar a postura derrotista da equipe e
conduzir o clube ao fim da longa fila de títulos, que já dura quase nove anos. Raí foi
responsável pela contratação de Daniel Alves, uma das maiores e mais badaladas da história
do clube, porém, dentro de campo, o lateral/meia não vem correspondendo e não justifica o
altíssimo salário que recebe.
Houve um bom momento vivido pelo São Paulo
O bom momento vivido pelo São Paulo, que culminou com a classificação para semifinal da
Copa do Brasil em dois excelentes jogos contra Flamengo, parece ter sido mesmo o ponto fora
da curva da equipe. Brenner e Luciano atravessavam grande fase e vinham decidindo, com os
auxílios luxuosos de Gabriel Sara, Igor Gomes e até Daniel Alves. Porém, o Tricolor nunca
passou real confiança, e parecia sempre a mercê de chuvas e trovoadas. Quando os resultados
deixaram de vir, a equipe entrou em queda-livre, e a mudança parecia inevitável.
Mais um capítulo triste na história daquele que já foi considerado o mais promissor treinador
brasileiro, mas que ainda não conseguiu atingir o que dele se espera.
Vejamos qual será o futuro de Fernando Diniz.