Conheça mais sobre o Atlético Paranaense
Club Athletico Paranaense (pesquisado como Atlético Paranaense) é um clube de futebol brasileiro, da cidade de Curitiba. Foi fundado em 26 de março de 1924, a partir da fusão do International Foot-Ball Club e do América Futebol Clube. Suas cores tradicionais são o preto e o vermelho, que lhe rendem a alcunha de rubro-negro.
Cores do Clube Atlético Paranaense
O Atlético Paranaense possui suas cores tradicionais em preto e vermelho, que lhe rendem a alcunha de rubro-negro. Manda seus jogos no Estádio Joaquim Américo Guimarães (mais conhecido como Arena da Baixada), reinaugurado em duas fases: em 1999, após reformas visando sua modernização e em 2014, após as reformas exigidas pela FIFA para receber os jogos da Copa do Mundo de 2014.
Títulos do Atlético Paranaense
É o único clube do futebol paranaense a conquistar títulos internacionais oficiais, a Copa Sul-Americana de 2018 e a Levain Cup/CONMEBOL de 2019. E também o único time do estado a conquistar a Copa do Brasil. Além disto, foi o primeiro clube do estado a participar de uma competição nacional, a Taça Brasil de 1959, e a ter sido finalista da Copa Libertadores, feito ocorrido na edição de 2005. Dentre seus principais títulos, possui 1 Levain Cup (2019), 1 Copa Sul-Americana (2018), 1 Campeonato Brasileiro (2001), 1 Copa do Brasil (2019), 1 Seletiva para a Libertadores (1999) e outros 25 títulos paranaenses, tendo disputado mais de 4.300 jogos em sua história.
No que diz respeito ao somatório de títulos oficiais de abrangência nacional e internacional de clubes brasileiros de futebol (sem contar títulos oficiais de abrangência estadual e regional), em setembro de 2019 o clube figurava como o mais vitorioso entre os clubes não-fundadores do Clube dos 13 (cujos membros fundadores são frequentemente considerados os maiores clubes do Brasil), então ocupando a 12ª posição, sendo até hoje o único clube não-fundador a ter ultrapassado membros fundadores do Clube dos 13 em títulos de abrangência nacional e internacional.
O principal adversário do Atlético Paranaense local é o Coritiba Foot Ball Club, com quem faz um dos clássicos de maior rivalidade do futebol brasileiro, o Atletiba. Também possui rivalidade com o Paraná Clube, cujo duelo se chama Paratico ou Derby da Rebouças.
Nome Club Athletico Paranaense (Atlético Paranaense)
Alcunhas Furacão – Rubro-Negro
Torcedor/Adepto Atleticano – Rubro-Negro
Mascote Família Furacão
Principal rival Coritiba – Paraná
Fundação 26 de março de 1924 (96 anos)
Estádio Arena da Baixada
Capacidade 42.372 lugares
Localização Curitiba, Brasil
Presidente Mario Celso Petraglia
Treinador Dorival Júnior
Material (d)esportivo Umbro
Competição:
Campeonato Paranaense
Copa do Brasil
Campeonato Brasileiro
Supercopa do Brasil
Copa Libertadores
História do Atlético Paranaense
Origens
Ver artigos principais: International Foot-Ball Club e América Futebol Clube (PR)
Em 1912, Joaquim Américo Guimarães reuniu um grupo de amigos e fundou o International Foot-Ball Club, que tinhas as cores preta e branca no seu uniforme e disputava torneios na baixada da Água Verde. Em 1917, surgiu o América Futebol Clube, que utilizava as cores vermelha e branca. Equipes independente até 1924, os dois clubes se fundiram em 21 de março daquele ano, dando origem ao Club Athletico Paranaense (grafia original e de época.
O primeiro jogo do Atlético Paranaense
A primeira partida de futebol (amistosa) que a nova agremiação realizou foi no dia 6 de abril de 1924, contra o Universal FC. e obteve vitória por 4 a 2. O Athlético jogou com Tapyr, Marrecão e Ferrário; Franico, Lourival e Malello; Smythe, Ari, Marreco, Maneco e Motta.
Os gols foram marcados por Marreco, Ari (2) e Malello. O árbitro foi José Falcine, atleta do Savoia, que mais tarde jogou no rubro-negro.
Década de 1920
Com a união de forças, o clube formou um time reforçado e pôde fazer frente aos mais temíveis esquadrões existentes, como o Britânia, o Savoia, o Palestra Itália e o Coritiba. Realizando uma campanha brilhante, conquistava seu primeiro título de campeão paranaense, em 1925.
Após ser vice-campeão por 3 anos seguidos (1926, 1927 e 1928), voltou a vestir a faixa de campeão em 1929.
Década de 1930
O Athlético era a melhor equipe do futebol paranaense no início da década de 1930, mantendo os mesmos jogadores que haviam se sagrado campeões em 1929. Os reforços de Chumbinho e Érico, o clube tornou-se uma equipe que se impôs aos adversários. Em 1930, ganhou o título de bicampeão paranaense (primeira vez na história do clube) com duas vitórias sobre o Coritiba por 3×2 durante o campeonato. A partida que consagrou o bicampeonato foi na segunda vitória sobre o Coritiba, em 28 de dezembro de 1930, em uma verdadeira guerra campal com o resultado de 3×2 para o rubro negro (gols de Zinder Lins, Marreco e Levoratto). A última partida do certame de 1930 o Athlético não compareceu, para comemorar com a sua torcida. Este jogo era para ser com o Palestra Itália. Outro feito notável nesse ano, aconteceu no dia 21 de julho, quando em partida amistosa venceu o poderoso Corinthians por 1×0, gol de Marreco, uma grande conquista para o Athlético.
Em 1934, o Athletico Paranaense já era proprietário, em definitivo, do terreno da Baixada da Água Verde, e o estádio passou a ser denominado de Joaquim Américo Guimarães, sugestão de Alcídio Abreu, para homenagear o grande desportista que havia morrido em 1917.
Nesse ano, após tropeçar em 1931, 1932 e 1933, o rubro-negro voltou a ter uma equipe competitiva e fez bonito. Sagrou-se campeão paranaense de 1934. Na equipe campeã desse ano figurava como goleiro, o jovem Alfredo Gottardi, o “Caju”, que viria a ser o maior ídolo de todos os tempos da torcida atleticana.
Em 1936, com apenas 12 anos de existência, o Athletico Paranaense conquistava seu quinto título paranaense, e dessa vez, de forma invicta.
Década de 1940 – surgia o Furacão
O campeonato de 1940 foi muito disputado. Athlético e Ferroviário lideraram o certame. O tricolor ferroviário conquistou o 1º turno, enquanto o Athletico Paranaense laureou-se no segundo. Era preciso uma decisão em “melhor de três pontos” para se conhecer o campeão. Em virtude de uma confusão acontecida no último jogo do returno, estava empatado o clássico em 2 a 2, quando o Ferroviário fez um gol, prontamente anulado pelo árbitro em razão de um impedimento. O antigo Britânia Sport Club não se conformou e abandonou o campo aos 35 minutos do 2º tempo. O Tribunal de Justiça da Federação Paranaense de Futebol, julgando o caso, deu vitória ao Athlético – 3 a 2, pois o Ferroviário se negara a continuar jogando. Este motivo anulou a “melhor de três”. O clube ficou 180 dias suspenso e o Athletico Paranaense foi considerado campeão paranaense de 1940.
Em 1943, o Athletico Paranaense trouxe para o elenco o técnico e dois jogadores da Seleção Paraguaia de Futebol. Com a equipe reforçada e com mais qualidade, o rubro-negro voltou a mandar no campeonato. Dois turnos bem disputados. Coritiba campeão do primeiro turno e Athlético do segundo. Novamente, uma “melhor de três pontos” teria que acontecer, o Athletico Paranaense venceu os dois Atletibas por 3 a 2 e a torcida festejou o título de campeão.
A rivalidade entre o Athletico Paranaense e Coritiba andava em alta. Por duas vezes nos anos 1940 haviam decidido o título. Uma vitória para cada lado.
Em 1945, o campeonato seria decidido no maior clássico do futebol paranaense. O Athletico Paranaense foi campeão do 1º turno de forma invicta. O Coritiba foi o campeão do 2º turno. Seria realizada uma “melhor de três” para decidir o título. Foram partidas para entrarem na história do futebol paranaense. O Coritiba venceu a primeira por 2-1, no Belfort Duarte, atual Couto Pereira. A segunda foi vencida pelo Athletico Paranaense, na Baixada, por 5 a 4. A terceira partida foi marcada para o Estádio Belfort Duarte. Foi um jogo muito disputado. Terminou empatado no tempo normal, 1-1. O jogo foi para a prorrogação. Aos sete minutos o atacante Xavier, do Athletico Paranaense, fez o gol da vitória. Coritiba 1-2 Athletico Paranaense. A torcida fez uma das maiores festas, com carreatas, fogos de artifício e cânticos até o raiar do sol.
Em 1949, o Athletico Paranaense foi um “Furacão” que passou pelos campos do Paraná. Com a manchete de primeira página no extinto jornal Desportos Ilustrados do dia 20 de maio de 1949 anunciando a goleada do Athletico em cima do Britânia (no domingo, dia 19 de maio) em letras garrafais: O “Furacão” Levou o “Tigre” de Roldão, nasceu o apelido do rubro-negro paranaense. Não só o time de “49”, como os demais times formados pelo clube, receberam o carinhoso apelido de Furacão e assim sendo, o termo furacão foi inserido no hino atleticano, não só para idolatrar o esquadrão de 1949, que arrasou todos os adversários com placares acima de quatro gols, mas também para representar a força que o clube tem junto a sua torcida e o receio e o respeito que seus adversários devem ter nos confrontos dentro das quatro linhas.
O Desportos Ilustrados, naquela edição de segunda-feira, 20 de maio de 1949 e sua manchete, não imaginava o momento histórico que estampava em sua primeira página. A partir daquele dia as manchetes de todos os jornais paranaenses só falavam do “Furacão” rubro-negro que liquidava as equipes adversárias sempre com goleadas. Em 1949 foram onze goleadas seguidas (recorde quebrado apenas 59 anos depois), tornando-se campeão paranaense daquele ano.
Era dos jejuns (1950-1981)
Depois de conquistar o campeonato paranaense de 1949, o Athletico-PR decaiu tecnicamente e no início do ano de 1950, que acabou apenas em 1982. Neste período, só conquistou 2 títulos: a temporada de 1958 e de 1970.
A equipe rubro-negra, campeã de 1958, com a comissão técnica formada Jackson Nascimento e Caju e Pedro Sthengel Guimarães, conquistou o direito de representar o Paraná na primeira Taça Brasil em 1959. A estreia do furacão foi no domingo, 23 de agosto, na cidade catarinense de Tubarão aonde conseguiu uma vitória por 2 a 1 no Hercílio Luz. Nesta partida, comandada pelo capitão “Tocafundo” e com gols do ponta-esquerda Tião aos 9 minutos do primeiro tempo e do atacante Gaivota aos 30 minutos do segundo tempo, o Athletico Paranaense fez um jogo histórico para a nação rubro-negra, bem como para o estado do Paraná.
Em 1967, a situação financeira do clube era desfavorável, e com uma campanha de somente três vitórias, onze empates e quatorze derrotas, foi rebaixado para a segunda divisão do paranaense. Foi o presidente Jofre Cabral e Silva que conseguiu tirar o time da segunda divisão, trazendo os campeões mundiais de 1962 Djalma Santos e Bellini, formando um time competitivo em 1968. Jofre Cabral acabou morrendo devido a um infarto durante uma partida do clube, declarando momentos antes “Não deixem – nunca – morrer o meu Atlético!”.
Djalma Santos atuou no Furacão junto com Bellini e Sicupira.
Em 1970 o clube conquistou o título de campeonato paranaense, goleando o Seleto por 4×1 jogando fora de casa. Um novo título estadual voltou a acontecer somente em 1982, com os jogadores Washington e Assis, liderando o time.
Com o “casal 20”, como ficou conhecido a dupla Washington e Assis, o rubro negro obteve o terceiro lugar no Campeonato Brasileiro de futebol de 1983, e no último jogo do clube nesta competição (Atlético 2 x 0 Flamengo), houve o recorde de público (marca que possivelmente nunca será ultrapassada pelas modificações que o estádio passou) no estádio Couto Pereira, com e 67.391 pessoas.
Era da revolução (1995-década de 2000)
Em 1995, depois de perder de 5×1 para seu rival, Coritiba, assumiu uma nova diretoria, onde lançaram o “Atlético Total” um novo projeto estratégico do clube e que começou bem, com a volta do Athletico à Série A do Brasileirão de 96, sendo campeão Brasileiro da Série B de 95 em cima do seu maior rival, o Coritiba.
Em 1997, o antigo estádio Joaquim Américo foi derrubado para a construção do novo estádio.
Em 24 de junho de 1999, o clube inaugurou o estádio mais moderno da América Latina, na época, com um jogo amistoso entre Athletico e Cerro Porteño, do Paraguai. A partida terminou 2 a 1 para a equipe rubro-negra.
Dois dias depois, ainda em virtude da inauguração do estádio, a Seleção Brasileira de Futebol disputou um amistoso contra a Seleção da Letônia, proveniente do Leste Europeu. O jogo terminou 3 a 0 para o Brasil.
Em 2004 foi firmada uma parceria com a empresa fabricante de aparelhos celulares japonesa Kyocera, renomeando o estádio para Kyocera Arena. Em 2005, após 10 anos de contenda judicial, o clube firmou acordo assumindo definitivamente o direito de uso do terreno vizinho.
Em 2001, o rubro negro venceu seu primeiro Campeonato Brasileiro (final contra o São Caetano, onde ganhou por 4×2 e 1×0) e em 2004 foi vice, com o artilheiro Washington marcando um recorde histórico de trinta e quatro gols numa única edição do Campeonato Brasileiro. Em 2001, o grande nome dos jogos foi o artilheiro Alex Mineiro.
Na final da Libertadores de 2005, o clube não pôde fazer o 1º jogo da decisão em seu estádio, que mesmo sendo considerado na época como o mais moderno da América Latina, não possuía a capacidade mínima de 40 mil lugares exigida pelo regulamento. Mesmo assim, a diretoria do Club Athletico Paranaense investiu, em regime de urgência, 1 milhão de reais na construção de arquibancadas móveis para dar capacidade ao estádio para mais de 42 mil pessoas. Mesmo com a autorização oficial de uso das arquibancadas, após vistoria do Corpo de Bombeiros e o órgão oficial de engenharia responsável pela vistoria entregues à CONMEBOL, a entidade transferiu o jogo para o Estádio Beira-Rio e o resultado da partida foi o empate por 1×1. Na segunda partida, no Estádio do Morumbi, o Athletico-PR lutou mas sucumbiu no minutos finais e acabou levando quatro gols no final do jogo pelo time do São Paulo, diante de mais de 70 mil torcedores, perdendo o título da Copa Libertadores da América.
O Athletico-PR participou de seis Libertadores da América, em 2000, 2002, 2005 (quando foi vice-campeão), 2014, 2017 e em 2019.
Na Copa Sul-Americana de 2006, o clube também fez uma boa campanha, passando por Paraná Club, River Plate e Nacional do Uruguai, chegando à semifinal do torneio, onde foi eliminado pelo Pachuca.
Em 2008, o clube quebrou o recorde de vitórias seguidas do “Furacão de 49”, ganhou 12 partidas seguidas e em 2009, conquistou o Campeonato Paranaense.
Década de 2010
Em 2010, finalizou na 5ª posição no Campeonato Brasileiro.
Em 2011 o clube terminou na 17° posição no Campeonato Brasileiro e, depois de 15 anos de permanência na série A, acabou rebaixado para a Série B do Brasileirão.
Em 2012, garantiu acesso à Série A do Brasileirão com o 3° colocação do Campeonato Brasileiro da série B.
Em 2013, o clube foi vice-campeão do Campeonato Paranaense, da Copa do Brasil e 3° colocado no Campeonato Brasileiro.
Em 2014, ficou na 4ª posição no Campeonato Paranaense e foi eliminado nas oitavas-de-final da Copa do Brasil. No Campeonato Brasileiro, terminou na 8ª posição.
Em 2015, ficou na 10° posição no Campeonato Brasileiro. No campeonato estadual, disputou o Torneio da Morte, grupo destinado a decidir os rebaixados.
Em 2016, conquistou o Campeonato Paranaense e terminou em 6° colocado o brasileirão. Esta posição lhe rendeu uma vaga na pré-Libertadores da América de 2017.
O destaque do clube na temporada de 2017, foi vice-campeonato estadual, enquanto na temporada de 2018, foi campeão estadual e campeão da Copa Sul-Americana.
Em 2019 obteve a Tríplice Coroa Genérica no futebol, sendo bi-campeão estadual, campeão da Levain Cup/CONMEBOL (no Japão) e da Copa do Brasil pela primeira vez em sua história, já no Campeonato Brasileiro terminou na 5ª colocação, dentro da zona de classificação para a Libertadores da América de 2020.
Década de 2020.