Fortaleza Esporte Clube é um clube poliesportivo que está sediado na cidade de Fortaleza, no Nordeste do Brasil. Foi fundado em 18 de outubro de 1918, por Alcides Santos, um dos maiores esportistas cearenses, que se apaixonou pelo futebol durante o período em que estudou no College Stella, na Suíça.
No futebol, principal esporte em que atua, tem como principal título o Campeonato Brasileiro da Série B de 2018, quando foi campeão nacional no ano do seu Centenário e com duas rodadas de antecedência. Foi campeão da Copa do Nordeste em 2019 e da Copa Cidade de Natal em 1946 (um dos primeiros títulos de âmbito regional disputados no Nordeste), do antigo Torneio Norte–Nordeste em 1970, é detentor de 42 títulos do Campeonato Cearense de Futebol (sendo o último em 2019), além de um campeonato estadual extra em 1972, e mais um dos torneios realizados pela extinta Liga Metropolitana Cearense. O clube também fez campanhas relevantes a nível nacional, foi duas vezes vice-campeão brasileiro da Série A, nos anos de 1960 e 1968 e duas vezes vice-campeão brasileiro da Série B nos anos de 2002 e 2004, sendo assim o clube cearense com as melhores campanhas na Série A e na Série B do Campeonato Brasileiro. É o único clube cearense a ganhar um torneio internacional, embora tenha sido uma competição amistosa, foi a Paramaribo Cup de 1962 que o clube conquistou de forma invicta. E em jogos oficiais foi o primeiro clube cearense na história a disputar uma partida fora do Brasil, pela Copa Sul-Americana de 2020.
Em ranking da Federação Internacional de História e Estatísticas do Futebol (IFFHS) publicado em 2013, que elege anualmente as melhores equipes da América do Sul, foi o clube cearense melhor colocado, ficando na 172ª posição geral, com 226 pontos. Possui o estádio Alcides Santos (maior estádio particular cearense, também chamado de Parque dos Campeonatos) e o maior Centro de Treinamento do estado, o Centro de Treinamento Ribamar Bezerra com 9,6 hectares.
Dono da maior torcida do estado do Ceará entre os jovens de 16 a 24 anos, e entre os maiores de 60 anos — incluindo todos os clubes brasileiros, o clube leva os maiores públicos para os estádios cearenses desde os anos 70, comprovando o crescimento de sua torcida após as grandes campanhas de vice-campeão brasileiro em 1960 e 1968, da conquista do Norte–Nordeste em 1970 e de consideráveis títulos estaduais. Na Série A do Campeonato Brasileiro de 2005, teve a segunda maior média de público dentre todos os 22 clubes. Em 2014, foi o clube detentor do maior público do país numa só partida. O grande público acabou sendo notícia em sites do mundo inteiro, como o Japão, dando grande ênfase a sua torcida e a festa que é realizada durante os jogos. O Fortaleza também tem a maior renda da história da Arena Castelão e do futebol nordestino. Teve ainda o maior público do Castelão após reforma e também o maior público e renda do Presidente Vargas após a última reforma. Em 2019 o Fortaleza obteve a maior média de público da Série A do Campeonato Brasileiro na era dos pontos corridos dentre os clubes nordestinos e a segunda maior média de público dentre todos os 20 clubes nessa edição com média de 33 mil pagantes por partida. A torcida do “Leão” também é famosa pelos belos mosaicos que monta em partidas importantes, considerado os melhores mosaicos de torcidas do Brasil e um dos melhores do Mundo. O clube tricolor também tem números expressivos de torcedores nos estados do Acre, Amazonas, no Distrito Federal, no Pará, no Piauí, no Rio Grande do Norte e em Roraima, onde o clube possui embaixadas desde 2005 e a maior torcida organizada de Boa Vista, torcida que o tornou o clube cearense com mais apostas de Time do Coração na loteria Timemania, da Caixa Econômica Federal, em todos os anos no período de 2009 até 2018, sendo atualmente o segundo do Nordeste, atrás apenas do Bahia, e o décimo quarto do Brasil.
O Fortaleza tem também tradição em outros esportes olímpicos, ostentando os títulos de campeão brasileiro adulto de handebol feminino em 2001, e em 2004, no masculino; campeão nordestino de basquetebol em 2001 e em 2003; campeão do Norte/Nordeste de Futsal em 2003 e da Liga Nordeste de Futsal de 2009; e bicampeão da Liga Nordeste de Handebol masculino (em 2010 e 2011) e feminino (em 2001 e 2015).
Em 15 de abril de 2013, foi sancionada pelo prefeito Roberto Cláudio Rodrigues Bezerra, a Lei Municipal 10.020, que cria o dia municipal da Nação Tricolor em Fortaleza, a ser comemorado no dia 18 de outubro de cada ano. Em 2014, foi matéria no jornal francês L’Équipe, por ter lançado um uniforme em homenagem à França, país que tem bastante ligação com o clube. No mesmo ano, o clube teve também uma versão de seu hino cantado em francês, na voz da cantora Giselle Café.
História
Origens
Ver artigo principal: dos treinadores e Temporadas do Fortaleza Esporte Clube
Na Fortaleza da Bella Époque, ao fundo da foto o Edifício Majestic Palace, onde o clube tinha uma sala onde era sua sede na década de 1920.
Alcides Santos, um dos fundadores do Fortaleza.
Em 1912, o futebol volta a ser praticado em larga escala na Fortaleza da Belle Époque, onde tinha a França como ponto de partida para seu processo de civilização e maior inspiradora dos valores e padrões que se difundiram na cidade, onde os filhos da aristocracia realizavam seus estudos, na sua volta da França em 1912, o jovem Alcides Santos funda um clube chamado Fortaleza, que logo seria extinto, seis anos depois, no dia 18 de outubro de 1918, funda o Fortaleza Sporting Club (primeira denominação do clube) na rua Barão do Rio Branco. Participaram da primeira reunião: Alcides Santos (primeiro presidente), Clóvis Gaspar, Clóvis Moura, Humberto Ribeiro, Jayme Albuquerque, João Gentil, Oscar Loureiro, Pedro Riquet, Walter Olsen, Walter Barroso e entre outros tendo as cores do clube: o azul, branco e vermelho originado da bandeira da França.
Em seu primeiro ano de vida, o Fortaleza sagra-se campeão de um dos torneios realizados pela extinta Liga Metropolitana Cearense.
Década de 1910: O começo em 1918
Ver artigo principal: História do futebol de Ceará
No ano 1904 é marcado pelo início do futebol cearense com a realização da primeira partida ocorrida no Passeio Público. Na segunda metade da década, o esporte era bastante praticado nas escolas locais, com o título de “campeão” local era sempre disputado principalmente pela equipe do Liceu e da equipe do Castelo Football Club disputando a hegemonia até 1911. Em 1912 surge o Fortaleza Foot-Ball Club tendo como um dos fundadores Alcides Santos e o Rio Negro fundado por Aloísio Mamede campeão de 1912 a 1914, sendo o primeiro campeão no Estádio do Prado em 1913 que viria a ser de propriedade do Fortaleza, palco dos estaduais de 1913 a 1941, na década de 20 surge outro estádio na capital: o do Alagadiço, inaugurado em 1923 situado ao lado da igreja do São Gerado, na avenida Bezerra de Menezes; em 1915 surge o Stella Foot-Ball Club também fundando por Alcides Santos e que três anos mais tarde fundaria o Fortaleza Sporting Club, em 18 de outubro de 1918 com as cores da bandeira da França: o azul, que simboliza o ideal, a nobreza; o branco do respeito e o vermelho que representa a luta e o povo. Manter as cores tricolores significou um selo de distinção social do clube, visto que muitos times do futebol brasileiros mudaram de cores, pela dificuldades em se obter tecidos e pelo risco dos uniformes desbotarem sendo o único clube do futebol cearense fundando na década de 10 que se mantém em atividade que não mudou de cores. Em seu primeiro ano de atividade logo conquista o campeonato em 1919 promovido pela Liga Metropolitana.
Década de 1920: A soberania em 7 títulos e a maior goleada em Clássico-Rei
Time campeão de 1927.
Com aproximadamente 80.000 habitantes, a Fortaleza dos anos 1920 era uma cidade em expansão, surgia no campo do Prado, a Associação Desportiva Cearense, homens e mulheres da sociedade cearense assistiam ao surgimento de uma nova potência no foot-ball local: um time com as cores inspiradas na bandeira da França, que venceria o também tricolor Guarany na final do Campeonato Cearense de 1920. Nascia a denominação Tricolor de Aço, o aço por ser a mais importante liga metálica na época, mais tarde seria para diferenciar entre Fortaleza (Tricolor de Aço) e Ferroviário (Tricolor de Ferro).
Em 1921, vários clubes importaram muitos jogadores, três abandonaram o certame: América-CE, Bangu, e o lanterna do ano anterior, Ceará; o Fortaleza aposta na prata da casa e vence novamente o Guarany e conquista o Bicampeonato. A perda do tricampeonato em 1922 representaria o início da rivalidade entre Fortaleza x Ceará, no ano seguinte a terceira conquista, em 1924 conquista o bicampeonato com folga, oito vitórias em oito jogos, 30 gols marcados e 11 sofridos, no último jogo, goleada no Ceará por seis gols. A sede do clube é situada numa sala do Edifício Majestic Palace.
O campeonato equilibrado de 1926 é decidido após um jogo extra. Em 1927 o torneio é realizado no Stadium Sport Cearense, construído no local onde ficava o Campo do Prado no qual a população se referia a tal praça esportiva. Em 1928 veio o tricampeonato invicto com sete vitórias em sete jogos. Pelo Campeonato Cearense de 1927, acontece a maior goleada no Clássico-Rei, o Fortaleza impôs 8 a 0 ao Ceará; gols de Hildebrando (3), Pirão (2), Xixico, Humberto e Juracy. Em 1928 o clube conquista o seu primeiro Tricampeonato após vencer o Maguari-CE e conforme o estatuto da ADC por ser a primeira equipe a conquistar por três anos consecutivos, conquista o direito de ter o troféu em definitivo. No ano seguinte quando liderava o segundo turno e partia para o inédito tetracampeonato, abandona a disputa no dia 6 de agosto, licenciando seu departamento de futebol, motivado por divergências com a mentora do futebol cearense sobre julgamento de protestos. Na época, alguns jogadores transferiram-se para o Orion que, com a base do Tricolor, torna-se campeão no ano seguinte.
Década de 1930: O retorno ao estadual e o tabu dos 7 anos
Campo do Prado, palco do Tabu dos 7 anos na década de 1930
Em 1932, o clube retorna ao campeonato cearense, ficando em 3º lugar com um time de garotos e com sede no subúrbio. Em 1933, inicia a cobrança de ingressos para os jogos do campeonato e volta a ser campeão perdendo apenas uma partida. No ano de 1934, três clubes abandonaram o torneio após serem derrotados pelo Tricolor: Liceu (4 a 2), Gentilândia (6 a 2) e Ceará (5 a 0); na final, o time tricolor derrota o poderoso América e seu “ataque de 100 gols”, sendo campeão invicto.
Em 1937, conquista mais um título invicto. No torneio seguinte, no jogo contra o Iracema marca um recorde que perdura: o atleta Alemão marca oito gols, dos quais seis de cabeça. Jornais da época afirmaram que o juiz ainda anulou três deles, sendo esse jogo, a partida com maior número de gol do Campo do Prado.
Durante os anos de 1932 a 1939, o Fortaleza, passou sem perder para o maior rival, fato publicado várias vezes nos jornais da cidade: O Estado (Ceará), O Unitário, Correio do Ceará e Jornal O Povo. O Jornal O Povo cita uma manchete da época,: “Não há Favorito para o Jogo de Amanhã – Foi em 1932 a ultima Vitoria do Ceará contra o Fortaleza.” Na manhã do dia 22 de maio de 1939 a manchete do jornal: “Ceará – 3 x 0 – Depois de sete Anos, foi abatido o <>.”
Década de 1940: De Sporting Club a Esporte Clube e a conquista do primeiro regional
Ver artigo principal: Primeiro Regional do Nordeste
Com o apogeu do Estado Novo na década de 1940, o Nacionalismo está cada vez mais presente entre os brasileiros, o Estado Novo promovia grandes manifestações patrióticas, cívicas e nacionalistas eram incentivados, o então Presidente da República, Getúlio Vargas assina o Decreto-Lei nº. 3.199 de 14 de abril de 1941 no qual padroniza o nome da Confederações, Federações e Clubes, fato que fez a então Associação dos Desportos do Ceará (ADC) mudar de nome para Federação Cearense de Desportos (FCD) e o Fortaleza Sporting Club respeitando o Art. 45 do decreto-Lei que cita: Será constituída, pelo Ministro da Educação e Saúde, uma comissão de especialistas que estude e organize um plano de nacionalização e uniformização das expressões usadas nos desportos. Nacionaliza o Sporting Club para Esporte Clube.
Em 1946, a Federação Norte-Riograndense de Futebol promove a Copa Cidade de Natal, convidando os campeões estaduais da Região daquele ano, que pela distância de suas sedes para Natal alguns clubes desistiram, tendo todos jogos realizados no Estádio Juvenal Lamartine. No dia 14 de julho a estreia frente ao América-PE, vitória por 5 a 3, após a vitória a manchete do Correio do Ceará dizia: “Verdadeiros ídolos da torcida de Natal os cracks do Fortaleza”. Depois de alguns adiamentos em 21 de maio de 1947 é realizada a final do torneio com vitória do Tricolor por 3 a 1, frente ao América de Natal, com gols de Jombrega (duas vezes) e Piolho, descontando Nonato para a equipe potiguar. A formação do “esquadrão atômico”, expressão utilizada pela imprensa local para chamar o campeão foi: Juju; Stênio e Natal; Jorge, Arrupiado e Torres (Zé Sérgio); Carlinhos, Pipiu, França, Jombrega e Piolho.
Década de 1950: A construção do novo estádio
Ver artigo principal: Estádio Alcides Santos
Coordenadas: 03°74’64”S, 38°54’57”W
Em 1951, a Prefeitura Municipal de Fortaleza decide reformar o Estádio Presidente Vargas, renasce a ideia na diretoria tricolor, da necessidade de ter de volta um Estádio particular, já que teve como estádio próprio durante os anos: o Campo do Alagadiço na década de 1920 e o Estádio do Campo da Praça das Pelotas (atual Praça Clóvis Beviláqua) durante a década de 1930.
O clube ganha os campeonatos de 1953 e 1954. No ano de 1957 o clube adquire da Senhora Hedwing, os terrenos no Bairro do Pici, que durante a Segunda Guerra Mundial era Base militar dos americanos em Fortaleza, chamado de Post Command (Posto de Comando), por isso a denominação Pici, transfere a sede do Clube da Gentilândia para o novo Bairro. Passando a denominar de Leão do Pici, referência ao bairro onde está localizado o Parque dos Campeonatos.
Começa a construção do Estádio Alcides Santos, conquista os campeonatos de 1959 e 1960, inaugura em junho de 1962 o seu estádio, vencendo o Usina Ceará, sendo o primeiro gol do Estádio, de Cleto para o Usina Ceará.
Década de 1960: A conquista nacional bate na trave com os vice-campeonatos em 1960 e 1968, a polêmica da Libertadores e várias conquistas estaduais e regionais
Ver artigo principal: Campeonato Brasileiro de 1960 – Campeonato Brasileiro de 1968
O Fortaleza disputa à primeira, de suas vinte participações da Série A do Campeonato Brasileiro em 1960 (na época a competição se chamava Taça Brasil), sendo vice-campeão brasileiro em 1960 e em 1968. A Taça do Brasil foi uma competição disputada entre os campeões estaduais, que dividia os clubes participantes em outros sub-campeonatos como: Taça Brasil Zona Norte, Zona Nordeste, Zona Central, Zona Sudeste, etc.
Em 1960 a Taça Brasil foi dividida em três fases, todas em sistema eliminatório (“mata-mata”). Na primeira fase, os clubes foram divididos em quatro grupos, Grupo Nordeste, Grupo Norte (grupo em que o Fortaleza foi inscrito), Grupo Leste e Grupo Sul. Na segunda fase, os vencedores dos grupos Nordeste e Norte disputaram o título de campeão da Zona Norte e os dos grupos Leste e Sul o da Zona Sul. A fase final foi disputada entre os campeões das Zonas Sul e Norte e os representantes dos estados de São Paulo e Pernambuco, inscritos diretamente nesta fase. Em sua campanha no Grupo Norte, o Fortaleza eliminou o ABC nas semifinais e o Moto Club na final, se sagrando campeão do Grupo Norte, o que o levou a disputa do título da Zona Norte de 1960 contra o Bahia, campeão do Grupo Nordeste e atual campeão brasileiro, o Fortaleza venceu o tricolor baiano e ganhou o direito de disputar a fase final da competição. A Fase Final foi disputada em semifinais e final, o Fortaleza eliminou o Santa Cruz nas semifinais, mas perdeu as finais do Campeonato Brasileiro para o Palmeiras. O time base era: Pedrinho; Mesquita e Sanatiel; Toinho, Sapenha e Ninoso; Benedito, Walter Vieira, Moésio Gomes, Charuto e Bececê (artilheiro da competição).
No ano de 1968 a Taça Brasil foi dividida em duas fases. Os atuais campeão e vice de 1967 e os representantes dos estados da Guanabara e São Paulo já estavam garantidos na fase final. Os demais representantes estaduais deveriam passar pela primeira fase, dividida em três zonas: Zona Norte (onde o Fortaleza iniciou a competição) Centro e Sul, cada qual com um regulamento próprio, classificando o campeão de cada zona para a fase final. Na decisão da Zona Norte o Fortaleza enfrentou novamente o Bahia e venceu, conquistando o Grupo/Zona Norte da Taça Brasil pela segunda vez. Na fase final o Fortaleza deveria enfrentar o Palmeiras. Porém, Palmeiras e Santos resolveram abandonar a Taça Brasil. A dor-de-cabeça de um calendário atropelado, e a indefinição sobre a participação de brasileiros na Taça Libertadores da América de 1969 foram decisivas, e os clubes comunicaram sua decisão, conforme notícia do Jornal dos Sports de 15 de fevereiro de 1969: “Santos e Palmeiras retiraram-se da Taça Brasil e, em consequência, o Fortaleza fica automaticamente classificado para as finais, pois seria o adversário do Palmeiras e depois quem vencesse jogaria com o Santos.”. Para evitar que o Fortaleza fosse diretamente para a final, a CBD alterou a tabela, mudando o Náutico de chave. Não se sabe se Palmeiras e Santos foram considerados derrotados por W.O. nos confrontos contra o Fortaleza ou se sua participação foi desconsiderada do certame. A fase final prosseguiu com o Fortaleza eliminando o Náutico nas semifinais. Nas finais o Fortaleza empatou o primeiro jogo em 2×2 no Estádio Presidente Vargas contra o Botafogo de Jairzinho, Paulo César Caju e Roberto Miranda, tricampeões mundiais com a seleção brasileira em 1970, mas perde o jogo decisivo no Maracanã por 4×0.
Nesta mesma década o Fortaleza ainda foi campeão do Grupo Norte da Taça Brasil de 1961, vencendo o Remo por duas vezes pelos placares de 2×0 e 3×1 e de 1966, quando derrotou o Paysandu pelo placar de 3×1 e empatou em 1×1.
O Fortaleza é a única agremiação esportiva de futebol do Estado do Ceará a ter classificado-se a fase internacional de um torneio continental, tal feito foi alcançado através do torneio da Taça Brasil de 1968, um dos principais campeonatos de futebol nacional (junto com o recém criado na época, Roberto Gomes Pedrosa). Originalmente as vagas a Copa Libertadores da América de 1969 seriam entregues aos respectivos campeões (Botafogo) e a seu vice-campeão (Fortaleza). Conforme chegou ao mês de dezembro de 1968 foi visto pela CBD que o torneio não terminaria antes do início da Libertadores de 1969, o mesmo resolveu repassar as vagas na taça continental ao campeão e vice da Taça de Prata do mesmo ano (Santos e Internacional, respectivamente), ainda assim o Brasil não foi representado na Libertadores de 1969, devido a discordância da CBD com as datas do torneio que viriam a prejudicar a seleção brasileira nas Eliminatórias da Copa do Mundo de 1970. Ainda em dezembro de 1968 o presidente do Botafogo em reunião com a CBD consegue o acordo de que na Taça Libertadores de 1970 os representantes brasileiros seriam os justos campeão e vice da Taça Brasil de 1968, porém mais um vez a CBD entra em desacordo com a Conmebol quanto as datas do torneio, não inscrevendo assim brasileiros no torneio. Contudo estes acontecimentos não retiram o fato do Fortaleza ter qualificado-se a Taça Libertadores da América, sendo assim o único clube cearense a ter realizado este feito, e um dos únicos nordestinos também, junto a: Bahia (três vezes: 1960, 1964 e 1989); Sport (duas vezes: 1988 e 2009); e Náutico (uma vez: 1968).
Década de 1970: A conquista do Norte–Nordeste, o primeiro campeão do Castelão e a maior invencibilidade em estadual e na Série A do Brasileiro
Ver artigo principal: Norte–Nordeste de 1970
Troféu de campeão do Torneio Norte–Nordeste de 1970.
O primeiro título do Fortaleza na década de 1970 é a conquista do Torneio Norte–Nordeste. A equipe na primeira fase classifica-se em primeiro lugar do Grupo 1, com 10 pontos ganhos, com 4 vitória, 2 empate e 1 derrota. Na Segunda fase, conquista sete pontos, referente a 3 vitórias, 1 empate e uma derrota, destaque para vitória de 1×0 no único Clássico-Rei que aconteceu na competição de 1970 realizado no dia 29 de Novembro de 1970, mesmo perdendo a última partida do quadrangular final para o Sport em Recife por 2 x 1, vence o Torneio Norte–Nordeste de 1970 pelo critério de desempate, pois ambos terminaram com o mesmo número de pontos.
Além da conquista do Norte–Nordeste de 1970, o Fortaleza conquista o campeonato estadual extra de 1972 o time base da conquista do estadual era: Lulinha (Cícero), Louro, Biluca, Dimas Filgueiras e Pedro Basílio; Chinezinho (Serginho) e Zé Carlos; Amilton Rocha, Miguel, Leônidas e Nado. No ano seguinte é marcado pela maior invencibilidade do Fortaleza na Série A, foram 12 jogos de invictos no Campeonato Brasileiro de Futebol de 1973; e também a maior invencibilidade tricolor em estadual com 26 jogos invictos no ano de 1978, sendo a segunda maior invicta em 1973 que durou 20 partidas. Já a terceira e quarta marca também aconteceu durante os anos 70, 17 jogos nos anos de 1972 e 1976.
Após chegar a duas finais do principal campeonato nacional, conquista do regional e vários títulos estaduais é denominado de o novo grande do futebol nacional, título dado a imprensa do eixo Rio-São Paulo em 1973 e confirmado pela revista placar na inclusão de seu hino entre os 16 maiores do futebol nacional mais posteriormente no mesmo ano conquista o estadual de 1973 para pensamento da imprensa cearense se torna então último campeão do PV, já que estava para ser inaugurado o maior estádio da cidade, em novembro de 1974 o Estádio Governador Plácido Castelo, o Castelão e quem teria a honra de se tornar o primeiro campeão do novo Estádio, o Fortaleza que perde o primeiro turno do estadual, tendo a obrigação de vencer o segundo turno, para forçar a final do Campeonato. No dia 19 de março de 1975, decide o turno contra o Ceará, vencendo teria mais jogos para se definir o Campeão de 1974. Vitória tricolor por 4×0 com gols de Geraldino Saravá três vezes e Amilton Melo, quatro dias após é realizada a primeira partida da final, mais uma vitória tricolor, agora por 1×0 com mais um gol de Geraldino. No dia 26 de março estava marcado a segunda partida da “melhor de três”, nova vitória tricolor com gols de Haroldo e Amilton Melo duas vezes. A equipe conquista o bicampeonato realizando 30 jogos, sendo 23 vitórias, 4 empates e apenas 3 derrotas, marcando 87 gols e sofrendo 22.
Década de 1980: A Máquina Tricolor de 1982/1983, mais dois títulos em 1985 e 1987 e a participação no Torneio dos Campeões de 1982
A década de 1980 começa para o Fortaleza em branco, no estadual de 1980 não conquista os turnos disputados e não chega a final do Cearense, em 1981 decide apenas o segundo turno. Em 1982 é decidido que o tricolor montaria um time para atropelar os adversários, para isso contrata o goleiro Salvino do Ferroviário, o zagueiro Chagas (do Vasco da Gama), Zé Eduardo (que atuava na equipe rival), o ponta-direita Geraldinho (do Fluminense), Adílton (do Flamengo), Miltão, Nélson, Assis Paraíba, trás de volta o zagueiro Pedro Basílio, além de outros atletas. O Leão do Pici conquista os dois primeiros turnos do campeonato e o Ferroviário conquista o terceiro. Na final (em melhor de três partidas), empate no primeiro jogo em 1 a 1 e segundo jogo em 2 a 2, na terceira partida vitória tricolor por 4 a 0, gols de Adílton (3) e Roner. Ainda em 1982 o tricolor disputou o Torneio dos Campeões, nessa competição jogou os finalistas de competições nacionais e do Torneio Rio-São Paulo disputados até então, ou seja, os maiores clubes do Brasil na época, o tricolor foi o único clube cearense a participar e um dos poucos da região Nordeste. Foi o segundo melhor nordestino na competição, com duas vitórias, três empates e apenas uma derrota.
No ano seguinte o presidente Ney Rebouças remonta a máquina tricolor, trazendo para o clube Tadeu (do Fluminense), Luisinho das Arábias (do Flamengo), Júlio César Uri Geller (do Flamengo), Wescley (do Botafogo), Edson (do Botafogo) e Marquinhos (do Vasco da Gama) ganha o primeiro turno invicto, mais um vez passa por cima dos adversários e no último jogo do campeonato vence o Ferroviário por 2 a 0 com dois gols de Luisinho das Arábias.
Em 1984 termina o estadual na segunda colocação, em 1985 o traz para treinar o seu elenco o ex-jogador do Santos, Pepe e conquista o estadual de número 27. Em 1986 perde o Bicampeonato, no ano seguinte é o clube de melhor campanha no estadual e com o empate em 0 a 0 no último jogo conquista mais um título cearense. Em 1988 perde a final para o Ferroviário, com gol de Marcelo Veiga.
Década de 1990: O acesso para a Série A de 1993, e o maior artilheiro de todas as edições do Campeonato Cearense
Sandro, artilheiro e ídolo tricolor na década de 1990.
O Maior público registrado em Clássico-Rei aconteceu pelo Campeonato Cearense de 1991 no dia 6 de outubro de 1991, o público da partida foi 60.363 pagantes com vitória tricolor pelo placar de 1×0. O Fortaleza após vencer o terceiro turno do estadual e o quarto turno, o tricolor conquista no 15 de dezembro de 1991 o Estadual de número 29.
O Fortaleza conseguiu o acesso a Série A de 1993, após conquistar a sétima colocação da Série B de 1992 na qual, classificava 12 equipes para Primeira Divisão de 1993. O clube conquista 28 pontos em 26 jogos, com 11 vitórias, 6 empates e 9 derrotas, marcando 30 gols e sofrendo 24.
O Fortaleza tem o maior artilheiro da história do Campeonato Cearense, foi Sandro marcando 39 gols pelo estadual de 1997.
Década de 2000: Os vices-campeonatos da Série B em 2002 e 2004, o campeão da década em estaduais e o maior tabu em jogos oficiais do Clássico-Rei
Ver artigo principal: Série B de 2002 – Série B de 2004
Troféus do vice-campeonato da Série B de 2002 e 2004.
O Fortaleza conseguiu o acesso a Série A de 2003, após 31 jogos, conquistando 59 pontos, sendo 18 vitórias, 5 empates e 8 derrotas, marcando 61 gols e sofrendo 31 gols.
Os jogos finais da Série B de 2002 foram:
Fortaleza 2 x 0 Criciúma – 30 de novembro – Estádio Castelão
Criciúma 4 x 1 Fortaleza – 7 de Dezembro – Estádio Heriberto Hülse
Na Série B de 2004, o Fortaleza conquistou 55 pontos em 35 jogos sendo 15 vitórias, 10 empates e 10 derrotas, 55 gols prós e 30 contra. O tricolor do Pici garantiu o acesso para disputa da Série A do Campeonato Brasileiro, na época o técnico do Fortaleza era o Zetti tetracampeão mundial com a Seleção Brasileira. Na primeira fase o time tricolor ficou em 5º lugar. A campanha foi de 11 vitórias, seis empates e seis derrotas. Classificado entre os oito primeiros, o Leão caiu no grupo A da segunda fase. O avanço em um grupo formado por Brasiliense, Ituano e Santa Cruz veio com a diferença de saldo de gols, depois de três times empatarem com oito pontos ganhos. O tricolor do Pici conseguiu se levantar na disputa após uma vitória diante do Ituano, fora de casa e avançou para o último quadrangular com Brasiliense, Avaí e Bahia. Na reta final, o Brasiliense conquistou a subida de forma antecipada. Na última rodada, o Fortaleza precisava vencer por dois gols de diferença o Avaí, além de ter que torcer por uma vitória do Brasiliense em cima do Bahia, em Salvador. Final do jogo no Castelão marcava Fortaleza 2×0 Avaí, e com a vitória do Brasiliense o tricolor terminou o quadrangular na segunda colocação e celebrou o acesso à Primeira Divisão do futebol nacional.
No que se refere ao Campeonato Cearense, a Década de 2000 começa com o maior tabu em jogos oficiais estabelecido na história dos Clássicos-Reis, que durou de 17 de julho de 1999 a 8 de julho de 2001, com 12 vitórias e quatro empates, em 16 partidas:
OS JOGOS DO TABU
Data Placar Competição
17 de julho de 1999 Fortaleza 7 x 2 Ceará Estadual de 1999
27 de fevereiro de 2000 Fortaleza 4 x 0 Ceará Estadual de 2000
2 de abril de 2000 Fortaleza 1 x 0 Ceará Estadual de 2000
30 de abril de 2000 Fortaleza 3 x 0 Ceará Estadual de 2000
7 de maio de 2000 Fortaleza 2 x 1 Ceará Estadual de 2000
11 de junho de 2000 Fortaleza 2 x 1 Ceará Estadual de 2000
27 de junho de 2000 Fortaleza 1 x 1 Ceará Estadual de 2000
16 de julho de 2000 Fortaleza 1 x 1 Ceará Estadual de 2000
27 de setembro de 2000 Fortaleza 3 x 1 Ceará Série B de 2000
21 de fevereiro de 2001 Fortaleza 2 x 1 Ceará Nordestão de 2001
28 de março de 2001 Fortaleza 1 x 1 Ceará Estadual de 2001
13 de maio de 2001 Fortaleza 2 x 2 Ceará Estadual de 2001
20 de maio de 2001 Fortaleza 4 x 3 Ceará Estadual de 2001
10 de junho de 2001 Fortaleza 1 x 0 Ceará Estadual de 2001
5 de julho de 2001 Fortaleza 0 x 0 Ceará Estadual de 2001
8 de julho de 2001 Fortaleza 3 x 1 Ceará Estadual de 2001
Entre os anos de 2000 a 2010, o Fortaleza esteve presente em todas as finais do campeonato estadual, conquistando os estaduais nas respectivas decisões:
16 de julho de 2000 – Fortaleza 1 x 1 Ceará – Estádio do Junco
8 de julho de 2001 – Fortaleza 3 x 1 Ceará – Estádio Presidente Vargas
23 de março de 2003 – Fortaleza 2 x 1 Ferroviário – Estádio Castelão
15 de dezembro e 19 de dezembro de 2004 – Fortaleza W x O Ceará – Estádio Castelão
17 de abril de 2005 – Fortaleza 2 x 0 Icasa – Estádio Castelão
6 de maio de 2007 – Fortaleza 1 x 0 Icasa – Estádio Castelão
4 de maio de 2008 – Fortaleza 4 x 2 Icasa – Estádio Castelão
3 de maio de 2009 – Fortaleza 1 x 1 Ceará – Estádio Castelão
17 de abril de 2005 – Fortaleza 2 x 0 Icasa – Estádio Castelão
6 de maio de 2007 – Fortaleza 1 x 0 Icasa – Estádio Castelão
4 de maio de 2008 – Fortaleza 4 x 2 Icasa – Estádio Castelão
3 de maio de 2009 – Fortaleza 1 x 1 Ceará – Estádio Castelão
2 de maio de 2010 – Fortaleza 1 x 2 – (Pênaltis: 3×1) Ceará – Estádio Castelão
O campeonato de 2002
Além dos oito títulos conquistados na década, o tricolor pode conquistar o campeonato de 2002, passando a ter nove títulos na década. Entenda a situação sobre o Campeonato Cearense de 2002, disputado em três turnos, o Fortaleza conquistou o primeiro turno e o Ceará o 2º e 3º turno.
Em março de 2002 o Ceará contrata o costarriquenho David Madrigal. No dia 16 de julho, o Limoeiro percebe uma possível irregularidade no visto de trabalho de David e tenta a impugnação da partida realizada pelo 3º turno no dia 10 de julho em que o Ceará venceu por 3×1, entrando com uma ação no TJD. No dia 23 de julho o contrato de David é suspenso pela FCF, após a descoberta de que o seu visto de trabalho só o permitia atuar pelo Roma de Apucarana, seu clube anterior. A final do campeonato estadual é realizado no dia 7 de agosto, entre o Fortaleza vencedor de um turno e o Ceará, vencedor de dois turnos,(por ser vencedor de dois turnos jogou a final por um empate). O jogo acabou empatado em 1×1, o Ceará por ter conquistado dois turnos é declarado campeão.
Em Setembro de 2002, o Fortaleza entra com uma ação cautelar no TJD pedindo a anulação dos pontos do Ceará nas partidas em que David atuou e a consequente transferência do título para o vice-campeão, no caso o Tricolor, no dia 6 de outubro o juiz Inácio de Alencar Cortez Neto, da 17ª Vara Cível, julga procedente em primeira instância a ação ordinária promovida pelo Fortaleza pedindo a anulação dos pontos na partida em que David Madrigal atuou e a consequente transferência do título estadual de 2002.
Década de 2010: O inédito tetracampeonato estadual, A era Rogério Ceni com a inédita conquista nacional no ano do Centenário, o inédito titulo da Copa do Nordeste e a inédita classificação para a Copa Sul-Americana
Ver artigo principal: Campeonato Brasileiro: Série B de 2018 – Copa do Nordeste 2019 – Campeonato Brasileiro de Futebol de 2019
Torcida lotando o Estádio Castelão em 2013
O Tetracampeonato de 2007/2008/2009/2010, começa em 2007 com o título vencido em cima do Icasa. No ano seguinte veio o bicampeonato. O Fortaleza venceu os dois jogos da final frente ao Icasa: 2 a 0 no Romeirão e uma goleada por 4 a 2 no Castelão. O Tricampeonato em 2009 foi conquistado com 14 Vitórias, 7 Empates e 5 Derrotas, com 54 Gols Pró e 31 contra. As finais foram disputadas nos dias 26 de Abril (vitória do Tricolor de Aço por 2×1, gols de Guto e Wanderley) e 3 de maio. Neste segundo jogo, o Tricolor jogava por um empate e perdia por 1×0 até os oito minutos do segundo tempo, quando Marcelo Nicácio marcou de peixinho o gol do Tricampeonato, para delírio da nação tricolor.
No Estadual de 2010 conquista o primeiro turno e seu rival conquista o segundo. Na final, o primeiro jogo foi ganho pelo Leão, o segundo foi ganho pelo Ceará. Nos pênaltis, 3×1 para o Fortaleza, e assim se consagra, pela primeira vez na história, Tetra campeão Cearense. Por outro lado, o Leão não conseguiu passar da fase classificatória e permaneceu na terceira divisão
Nas gestões Paulo Arthur e Osmar Baquit (2011 a 2014), perdeu o inédito pentacampeonato no estadual e nos anos seguintes: vice-campeão, quarto colocado e vice-campeão respectivamente. Na Copa do Brasil eliminado em 2011 na segunda fase, oitava de final e terceira fase respectivamente e em 2014 não disputa por não ter conseguido ser campeão estadual ou da Copa Fares Lopes do ano anterior. Na competição regional: a Copa do Nordeste, fica na terceira colocação em 2013. Na Série C fica na 13° colocação em 2011, 5° colocado em 2012 depois de conseguir a maior invencibilidades durante os campeonatos nacionais (17 jogos), 9° colocado em 2013 e 5° colocado em 2014
O ano de 2015 para o Fortaleza começa no dia 1 de dezembro de 2014, com a primeira eleição direta no clube, no qual houve até debate entre os presidenciáveis ao vivo na TV Diário concorrem o ex-diretor do clube: Estevão Romcy e os ex-presidentes Silvio Carlos (década de 1980) e Jorge Mota (década de 2000), uma semana antes o ex-diretor do clube, Adailton Campelo retira sua candidatura, sendo Jorge eleito com 528 votos contra 272 do candidato Silvio Carlos e 57 de Estêvão Romcy sendo o maior dos registros históricos conhecidos do Leão. O Presidente Papapenta como é conhecido pois ter tirado o penta do rival em 2000, tira mais uma vez em 2015 com uma conquista épica com o famoso gol de empate de Cassiano aos 47 do segundo tempo. Na competição regional fica na quinta colocação do Nordestão, já na Copa do Brasil elimina o River-PI na primeira fase classificando para enfrentar o Coritiba na fase seguinte sendo eliminado nos pênaltis no jogo de volta, ficando na 33° colocação geral. Na serie C, termina a primeira fase na primeira colocação e sendo eliminado na fase seguinte, terminando na quinta colocação geral do nacional.
No ano de 2016 o Fortaleza conquista a Taça dos Campeões Cearenses, vencendo o Guarany de Sobral vencedor da Copa Fares Lopes de 2015, pelos placares de 3×0 jogando em casa no Estádio Alcides Santos em Fortaleza, e por 2×0 no jogo decisivo realizado no Estádio do Junco em Sobral, Com o título, o Fortaleza foi o primeiro campeão da temporada do futebol brasileiro no ano de 2016. No dia 8 de maio, após vencer a primeira partida da final por 4×1, vence o jogo da volta contra o Uniclinic, atual Atlético Cearense por 1×0 e assim conquistando mais um bicampeonato e seu 41º título de campeão cearense. Pela Copa do Brasil o Leão do Pici faz uma boa campanha, passa da primeira fase eliminando o Imperatriz do Maranhão com um empate fora por 1×1 e uma vitoria por 2×0 jogando em seus domínios, já na segunda fase o leão enfrentou o Flamengo e venceu a primeira partida em casa por 2×1, e no jogo de volta em Volta Redonda com mando de campo flamenguista também consegue uma vitoria pelo mesmo placar de 2×1 com direito a dois gols do volante Pio, na terceira fase enfrentou o América MG perdendo por 1×0 dos mineiros em Belo Horizonte, mas conseguiu reverter o placar goleando o time mineiro por 4×1 no Castelão, Ja nas oitavas de final encarou o Internacional perdendo o primeiro jogo por 3×0 em Porto Alegre e vencendo em casa por 1×0 mas mesmo com a vitória o leão foi eliminado já que o clube gaúcho obteve uma boa vantagem atuando em seus domínios. Na Série C termina a primeira fase na primeira colocação do grupo A, mas é eliminado na fase seguinte terminando na sexta colocação geral da competição.
No ano de 2017 o Fortaleza se tornou bi-campeão da Taça dos Campeões Cearenses após vencer o Guarani de Juazeiro por 1×0 com gol do uruguaio Gastón Filgueira. Em setembro do mesmo ano o tricolor enfim consegue seu acesso de volta para Série B do Campeonato Brasileiro, o clube acabou a primeira fase da Série C como terceiro colocado e decidiu a vaga na Série B do ano seguinte fora de casa pela primeira vez, no primeiro jogo o tricolor venceu a equipe do Tupi por 2×0 atuando no estádio Castelão, e na volta perdeu por 1×0 no estádio Helenão em Juiz de Fora, assim o Fortaleza saiu da Série C depois de oito temporadas, após o apito final houve muita comemoração da torcida tricolor tanto na cidade mineira onde houve uma verdadeira invasão da torcida do Fortaleza, como também na capital cearense. No dia seguinte, após a chegada da delegação do clube, houve muita festa pelas ruas de Fortaleza. O Fortaleza encerrou a edição de 2017 da Série C com o vice-campeonato.
A taça de Campeão Brasileiro da Série B de 2018 (Ano do seu centenário).
Em 2018 sob o comando do treinador e ex-goleiro do São Paulo Futebol Clube, Rogério Ceni com uma campanha memorável, no ano de seu centenário conquista: o título de Campeão Brasileiro da Série B, obteve o melhor início de competição na era dos pontos corridos do Campeonato Brasileiro entre as séries A e B, com sete vitórias e dois empates, um aproveitamento inicial de 88,89%. O Fortaleza liderou por 36 das 38 rodadas, tendo assumido a liderança já na segunda rodada, perdendo na quarta rodada e reassumindo, até o final da competição, ainda na quinta rodada. Faltando quatro rodadas para o fim da Série B, já tinha conquistado o acesso para Série A de 2019. Com a conquista o tricolor se tornou o primeiro e único clube nordestino a ganhar o título de alguma divisão do Campeonato Brasileiro na era dos pontos corridos.
No ano de 2019 a equipe comandada por Ceni voltou a conquistar o Campeonato Cearense de Futebol depois de dois anos sem conseguir o titulo, no primeiro jogo da final o Fortaleza venceu o seu maior rival Ceará por 2×0 e no segundo jogo da decisão no dia 21 de Abril de 2019 bateu novamente seu rival dessa vez pelo placar de 1×0, e assim obteve o seu 42º titulo do Campeonato Cearense de Futebol. Pouco mais de um mês, depois de ganhar o campeonato estadual o Fortaleza chegou pela primeira vez em uma final de Copa do Nordeste e enfrentou o Botafogo-PB, o primeiro jogo da final inédita foi realizado na Arena Castelão e o Leão do Pici largou na frente com o placar de 1×0, o segundo jogo da finalíssima aconteceu no dia 29 de Maio de 2019 no estádio Almeidão e o Fortaleza tinha a vantagem de jogar pelo empate para levantar a taça, mas com 3 minutos de jogo o Leão abriu o marcador e ganhou novamente pelo placar de 1×0, conquistando assim o segundo maior título de sua história e pela primeira vez o título regional da Copa do Nordeste de forma quase que impecável, não sofreu gols na fase mata mata da competição, terminou com 7 vitorias, 4 empates e apenas 1 derrota, teve o melhor ataque, a melhor defesa e o artilheiro da competição. Sendo comandado pelo treinador Rogério Ceni o clube conquistou a “tríplice coroa” no centenário, foi Campeão Nacional (Campeonato Brasileiro – Série B 2018), Campeão Estadual (Campeonato Cearense 2019) e Campeão Regional (Copa do Nordeste 2019), 3 títulos seguidos em apenas 6 meses, todos eles no período de cem anos do clube, sendo dois deles inéditos (Série B e Copa do Nordeste 2019) e os maiores de sua historia Centenária. No Campeonato Brasileiro de Futebol de 2019 após a vitoria pelo placar de 2×1 sobre o Santos o Leão garantiu a permanência na série A, e se manteve para o Campeonato Brasileiro de Futebol de 2020 – Série A com três rodadas de antecedência para o fim da competição, na rodada seguinte diante da equipe do Goiás no Estádio Serra Dourada o tricolor ganhou de 2×1 e faltando duas rodadas para o término da Série A, o Leão conquistou a vaga inédita para a Copa Sul-Americana de 2020 (a primeira competição internacional dos seus 101 anos de história). Na ultima rodada do Campeonato Brasileiro de Futebol de 2019 o Fortaleza enfrentou a equipe do Bahia e levou a melhor vencendo por 2×1 na Arena Castelão com o resultado positivo o tricolor terminou a Série A em 9° lugar, com 53 pontos, 15 vitorias, 8 empates e 15 derrotas, obtendo a melhor colocação de um time cearense na série A de pontos corridos, sendo o time cearense que mais pontuou na história da série A de pontos corridos com 20 clubes, e terminou o Brasileirão como o melhor time Nordestino da edição de 2019
Em 2020 o Fortaleza participou pela primeira vez em sua historia de uma competição internacional, a Copa Sul-Americana de 2020, o tricolor enfrentou o Independiente conhecido como Rey de Copas, no primeiro jogo que foi realizado na argentina, no estadio Estádio Libertadores de América o Leão acabou perdendo pelo placar de 1×0, mas com uma boa exibição em campo se tornou o primeiro time cearense a jogar uma partida ofical fora do Brasil, no jogo de volta realizado na Arena Castelão O Fortaleza venceu o Independiente pelo placar de 2×1 so que mesmo com a vitoria sobre os argentinos acabou sendo eliminado da competição pelo critério do “gol qualificado”.
Feitos e títulos da Era Ceni
Campeão Brasileiro – Série B de 2018;
Campeão da Copa do Nordeste 2019;
Campeonato Cearense 2019
Através do Campeonato Brasileiro de Futebol de 2019; conquistou a vaga inédita na Copa Sul-Americana de 2020 sendo o primeiro cearense com jogo oficial fora do Brasil, também pela primeira vez: já está definido pela Conmebol que o adversário da fase inicial será obrigatoriamente estrangeiro;
Melhor colocação do Fortaleza na história do ranking da CBF: Esta em 23º lugar (estava na 33º em dezembro de 2018) na atualização de dezembro de 2019;
Melhor campanha de uma equipe cearense na história dos pontos corridos com 20 clubes.
Melhor time Nordestino da Série A 2019
Estrutura
Estádios
Vista interna do Estádio Alcides Santos
Nome Localização Anos de Uso
Alcides Santos Pici, Fortaleza 1962–2016 (Jogos de pequeno porte)
Presidente Vargas Benfica, Fortaleza 1942–presente (Jogos de médio porte)
Castelão Castelão, Fortaleza 1973–presente (Grandes jogos)
Centro de Excelência Alcides Santos
Ver artigo principal: Centro de Excelência Alcides Santos
Inaugurado em junho de 1962 com um festival de jogos, o então Estádio Alcides Santos, de sua propriedade, chegou a comportar 7 150 torcedores após reformas realizadas entre os anos de 2008 e 2009, local onde o clube realizava jogos de pequeno e médio porte.
A partir de 2010, o Estádio Alcides Santos passou a receber partidas da Copa do Nordeste e da Copa do Brasil. A estreia em competições nacionais ocorreu no dia 12 de março de 2010 pela segunda fase da Copa do Brasil, vitória do Fortaleza por 2×0 frente ao Guarani. O clube manteve uma invencibilidade de 14 jogos no Parque dos Campeonatos.
Em 2018, o conceito de estádio deu lugar ao de Centro de Excelência para a treinamento da equipe profissional de futebol do clube, parte das arquibancadas foram removidas para dar lugar a novas estruturas de treinamento e parte da estrutura existente foi ampliada e modernizada. O local tem uma moderna fachada, além disso conta com a praça Ney Rebouças caracterizada com as cores do clube.
Sede administrativa
O Fortaleza tem sua sede no bairro do Pici, que é composta pela sede administrativa Manoel Guimarães, Centro de Excelência Alcides Santos, salão de troféus, Hotel Ribamar Bezerra (utilizado para concentração dos atletas), alojamento Otoni Diniz, academia, vestiários e moderno departamento médico.
Centro de Treinamento Ribamar Bezerra
O Centro de Treinamento Ribamar Bezerra é a sede dos treinos da categoria de base do clube, localizado no distrito de Alto Alegre II, na cidade de Maracanaú, município da Região Metropolitana de Fortaleza. Sua construção foi iniciada em agosto de 2007, após a doação do terreno realizada pela Prefeitura de Maracanaú no mesmo ano. Das bases tricolores surgiram destaques como: Ari, Osvaldo Filho, e Everton Cebolinha.
Símbolos
Escudo
O Fortaleza desde sua fundação teve seis escudos diferentes, com algumas figurações em um deles, o primeiro em 1918, ano de sua fundação, percorrendo durante as primeiras décadas de vida do clube, era no estilo peninsular com a ponta redonda, na parte do retângulo em cima o nome Fortaleza em azul real, posteriormente passa a ter um escudo no formato suíço: de formato semelhante ao do escudo clássico em branco com as bordas em azul com as iniciais FSC em azul e vermelho, posteriormente na década de 1940 no mesmo, só que dividido, com a parte superior recortada, com a parte superior na cor vermelha e na inferior na cor azul real intercalada por uma faixa branca, dentro do escudo as iniciais do clube até então em FSC, Fortaleza Sporting Club e depois FEC, quando o clube mudou o nome para Fortaleza Esporte Clube, escudo utilizado até meados da década de 1960, sendo bastante semelhante ao do Fluminense Football Club. Os jornais da época distorciam alguns emblemas pois não dispunham de tecnologia para reproduzir a fonte original na época, a seguir os escudos com seus respectivos períodos:
A partir de meados da década de 1960, o Fortaleza adotou o atual escudo, formado por um triângulo isósceles branco, invertido, com base maior elevada por um retângulo com altura igual à metade da lateral do referido triângulo. Dentro dessa parte alongada encontra-se outro retângulo, de cor branca, com o nome Fortaleza em azul real. No interior do triângulo uma faixa branca de largura igual a um quarto da lateral menor com dois triângulos escalenos, um azul real à esquerda e outro vermelho à direita. Das seis estrelas sobre o escudo do Fortaleza, as quatro inferiores representam o Tetracampeonato Cearense conquistado em 2007/2008/2009/2010. Já as duas estrelas superiores representam duas das sete conquistas regionais/inter-regionais do clube que são a Copa Cidade de Natal de 1946 e o Torneio Norte–Nordeste de 1970.
Em meados da década de 2010, mas precisamente no ano de 2018 o Fortaleza alterou o seu escudo, tirando as seis estrelas anteriores sobre o escudo e adicionando apenas uma referente a o título do Campeonato Brasileiro de Futebol de 2018 – Série B conquistado no ano do seu centenário, sendo o titulo mas importante da sua historia centenária. Em votação na Assembleia geral, sócios do Fortaleza aprovam a alteração no artigo 110 do estatuto, que agora passará a ter somente estrelas referentes a títulos nacionais no escudo do clube.